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O NÃO aos 2 anos

Artigo com testemunho pessoal, por Sofia van Zeller

Será que o meu filho está muito mimado? Estará a testar os limites? Não lhe estarei a dar uma boa educação?

O “não” faz parte do processo de desenvolvimento e de formação de identidade da criança. Aos 2 anos, as expressões “não”, “não quero”, “não gosto”, surgem como sinal de aquisição de autonomia e independência, por isso, quando começamos a receber estes “nãos”, que podem surgir a partir dos 18 meses, devemos ficar orgulhosos. Significa que estão a construir a sua identidade e a tornar-se seres individuais.

Para tentar contrariar os vários “nãos”, podemos, sempre que possível, dar alternativas positivas à criança, tentando, antes de mais, compreender o seu lado e criar argumentos que a convençam a ceder. Lembro-me de algumas situações com a minha filha aos 2 anos (e ainda hoje, a caminho dos 5), que apesar de ser uma criança fácil, também tem os seus “momentos”.

Por exemplo, numa ocasião, à hora de jantar, disse-me que não queria comer e chegou a bater na minha mão (que tinha a colher com a comida). Podia ter-lhe batido de volta, podia ter gritado que isso não se faz ou podia tê-la deixado sozinha em frente ao prato até que comesse, tudo reacções que é normal os pais terem, especialmente quando estão cansados de um dia de trabalho ou de um dia cheio de outros mil “nãos”. Em vez disso, com pensamentos positivos e uma atitude calma, tentei encontrar uma forma de lhe continuar a dar o jantar sem ela sequer perceber que estava a ser contrariada. Lembrei-me de uma fadinha que lhe tinham oferecido e conversei com ela através da “fadinha mágica”, explicando que aquela mão se tinha portado mal e que precisávamos de fazer uma magia das fadas. Com a varinha a tocar-lhe na mão, repeti 2 ou 3 vezes uma frase inventada no momento: “fadinha, fadinha, esta mão só dá festinha!” e depois pedi para vermos se a magia tinha resultado. Automaticamente ela deu uma festinha na minha mão. E comeu ainda um bom bocado do que tinha no prato, porque combinámos que não precisava de comer tudo. Também é importante encontrar um equilíbrio entre as vontades deles e as nossas.

Passamos o tempo a contrariá-los sem sequer nos apercebermos, também dizemos muitos nãos ao longo do dia. É difícil não o fazer, mas em situações mais “críticas”, vale a pena pararmos uns segundos e pensar de que forma podemos dar a volta aos “nãos”. Fica a dica!

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